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O ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB) afirmou que se “surpreendeu” com a quantidade de votos do presidente Jair Bolsonaro (PL) no 1º turno das eleições, mas que o resultado não rompe com o “favoritismo” de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito deste ano. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o senador eleito pelo Maranhão avaliou que o resultado demonstra uma tendência global de fortalecimento da extrema-direita.
“Achei que ele [Bolsonaro] teria algo em torno de 35%, 36% dos votos. Jamais imaginei que ele chegaria a 40%. Isso mostra que temos no planeta uma tendência de fortalecimento de extremismo de direita, e essa tendência se confirmou no Brasil. Se Bolsonaro se consolidar nessa eleição, ficará ainda mais difícil, porque os segundos mandatos de protoditadores tendem a ser ainda mais nocivos, ainda mais agressivos”, argumentou Flávio Dino.
Apesar da surpresa, Flávio Dino afirma que os votos dados a Lula no 1º turno são “sólidos” e que a estratégia da campanha agora é consolidar o apoio no Nordeste e conquistar o “eleitor de centro”.
“Vamos disputar o eleitor de centro, ao apresentar uma agenda social emergencial, com itens como aumento do salário mínimo acima da inflação, transferência de renda, segurança alimentar, gás de cozinha. Também tem que mostrar o comprometimento com a agenda da família, da liberdade religiosa, isso deve ser enfatizado, porque é verdadeiro. Lula não coagiu igrejas”, disse.
Fonte: Bahia.ba