Investigador Yago da França Souza Avelar ,39 anos, está vivo/Foto: Montagem do JC |
Após divulgar, no último sábado (5), a morte cerebral do investigador Yago da França Souza Avelar, 39 anos, que esteve no acidente onde a viatura capotou na sexta-feira (4) na BA-233, trecho entre o povoado ‘Alto Vermelho/Santa Quitéria’, entre os municípios de Itaberaba e Ipirá, localizados na Chapada Diamantina, a Polícia Civil divulgou uma nota, na noite de terça-feira (8), afirmando que um médico que atende o policial, no Hospital Geral do Estado (HGE), decidiu solicitar novos exames antes de atestar a morte cerebral.
Dois agentes morreram no acidente. Conforme a nota, no próprio sábado foi iniciado o processo de realização do protocolo de morte encefálica, com exames clínicos e complementares. No entanto, “um médico, então, decidiu solicitar novos procedimentos e investigar o estado de saúde do servidor de maneira mais aprofundada antes de atestar o encerramento de suas atividades cerebrais”.
A nota ainda complementa informando que como em todo quadro clínico, “é possível haver desdobramentos imprevistos”. A informação da morte cerebral, dada por amigos da vítima, chegou a ser confirmada pela Polícia Civil. Na ocasião, a Delegada-Geral, Heloísa Campos de Brito, chegou a lamentar a situação. Yago é casado e não tem filhos.
Falso médico
A Polícia Civil ainda informou que um homem, que estava se passando por médico para ter acesso às informações sobre o estado de saúde de Yago, foi preso na terça-feira. Ele esteve de vestido de jaleco e usava um estetoscópio, tendo acesso à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde o policial está internado e com isso, passou fornecer informações sobre o quadro clínico do agente aos familiares.
O falso médico ainda chegou a divulgar áudios dando informações falsas sobre o estado de saúde do policial. Uma familiar do policial, que é médica, desconfiou de algumas declarações do falsário, e policiais civis de Seabra, que estavam no hospital, abordaram o homem.
Ele portava apenas uma cédula de identidade da Argentina e não apresentou nenhum tipo de documento que o habilitasse para o exercício da medicina. O homem foi apresentado na 1ª Delegacia Territorial (DT/Barris), onde foi autuado em flagrante por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica. A Delegacia instaurou inquérito e vai apurar também o acesso ao HGE.
Fonte: Jornal da Chapada com informações de G1 Bahia.